sábado, 23 de março de 2013

Branco e Morena (Copo de leite)

"... eu não posso ter alergia a lactose, se isso acontecer eu me mato, envenenado, caído, nu, envolto ao leite derramado."
De: Branco
Para: Morena
Na cafeteria, as dez de uma manhã, friaca, de outono, possuídos pelo café preto, os cigarros de Morena, e a vontade que ela sentia de calar aquela boca, dramática, com um beijo.
Genial!

domingo, 16 de outubro de 2011

Lado B

Sentada na cafeteria, te prometi algo que, definitivamente, não posso entregar. Mas, ao invés de, simplismente esquecer, esse texto vai estar cheios de pedaços, os trechos que não vão prejucar o meu maldito orgulho. Assim dito...




O meu disco preferido, com a música que amo já havia alguns anos, e que tocava no lado A, qualquer um saberia, era minha favorita. E eu não precisava mais de nada, ouvindo incessantemente, sempre a mesma, me limitei.
Então, uma noite, acendi meu cigarro e enchi meu copo, cometi um erro, sem querer.
Assim que o disco começou a tocar, não era mais a minha música... pensei...vou ouvi-la uma única vez.
Isso tudo me deixou confusa e nem faz tanto tempo, estou conhecendo as variáveis de acordo com o autor de nome composto e... começando a gostar, poderia ouvi-la um final de semana sim, um não.
É confuso, porque a música não é minha. Com isso, me sinto no meio do baile, esposta a qualquer deslize, sem saber dançar, irônico, pois é.
O disco é vélho e está meio riscado, tem muito coisa que eu não entendo, porque ele galga em certas partes e estou tentando entender ...
Me parece que por hora, faltará comparência, eu não conheço muito a letra e certamente não sei sobre o que está falando, como se fosse outra lingua, é oposto, é o LADO B.

Um par tão impar.
Confuso,
inatingivel...
Fica comigo essa noite,
eu não sei de você, mas,
nem você de mim.
Opostos sempre juntos, Lado B... lado A.

terça-feira, 2 de agosto de 2011







Eu tinha a espada em punhos e foi isso que me deu coragem pra seguir em frente. Eu enfiei a lamena intera em seu coração, só pra matar de vez qualquer coisa que eu tivesse deixado pra tras, pra que eu fiz isso?
Tendo então todo o tempo pra eu fazer tudo de novo, agora quero que você volte da morte. Direto pros meus braços. Direto pra minha nova vida, eu gostaria de mostrar como eu mudei... cresci.
Mas as coisas não sairam da forma que eu esperava, insensível, Indiferente, impassível, dura de coração. E olha, não estou falando de mim. Com um pouco de razão, mas eu ainda espero, naquela piscina, sentada na berada, olhando a lua, pés na água, pensando nos seus olhos. Fumando meu cigarro.
Eu não gosto do que eu estou fazendo e mesmo assim não consigo deixar pra lá. Porque eu estou nessa bancada principal, assistindo a sua vida passar e desejando que você olhe pra mim, me encontre no meio da multidão e saiba que sou eu. Me chame pra vive-la com você. Como se a gente tivesse se conhecido hoje. Esquecer tudo. Porque doeu muito.
Não se case, não se mude, só volte. Andamos nessas duas vidas paralelas, eu pensando se um dia elas podem se cruzar novamente, pra que seguissemos uma só, de uma vez. Pois tá na cara, amiga, tá na nossa cara, que a gente é igual. Não negue só por ódio. Não me odeie só pelas mentiras dos outros, agora que não tenho mais direito nenhum nessa história, qualquer um conta qualquer coisa ao meu respeito, você pode acreditar nas baixarias que nem foram escritas por mim, por que assim é mais facil de me esquecer, qualquer motivo, não é verdade?
Agora está na minha vez de esquecer, porque, sem motivos de grande mérito, tá doendo em mim. Pode deixar, se nada do que eu diga importa, então, vou arranjar motivos jogados ao vento pra te odiar também. Mas não vou te esquecer não. Eu não sou tão forte pra arrancar amor de verdade de dentro de mim pra me livrar da dor, simplismente, não dá. Agora as primeveras de dor serão minhas.
Eu fiquei tímida, não sei mais como agir perto de você, então pôr só fico, andando no corredor, ouvindo sua voz pra matar a saudade e indo embora sem se despedir.
Enfim...

segunda-feira, 23 de maio de 2011





O que me parte o coracao eh ver que, esse desejo curioso que estou vivendo, esteja destruindo o maior desejo da minha vida.
Entendo que o comeco seja, cansativo e cheio de apegos, apegos de um passado que estah distante mas ainda eh muito recente. Acontece que nao tenho curiosidade, nem anseio por nada que esteja aqui.
Nesse momento, nao tenho saudade das coisas especificas, por enquanto eu sinto falta do Brasil, das coisas em seu devido lugar e principalmente, o poder que tinha na minha cidade, cada lugar que eu conhecia e a rotina surrada que sempre tive, hoje vejo que a tinha por um unico motivo, eu era apaixonada pela minha vida, meus amigos, minha familia, minha mulher e por cada canto que repitira as idas semanalmente.
Eu estou tentando encontrar pelo menos um pedaco de caminho, nesse espaco pra amar. Tenho tempo e sei disso. Estou sem paciencia, sem vontade, sem ninguem pra dizer tudo isso.
Um mes de cada vez. Se nao assim, acho que vou enloquecer.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Na verdade

Na verdade, ela nunca foi completamente minha,
Simplesmente passou pela minha vida,
deslizando a mão no meu corpo em troca de um mês ou dois
Eu havia me limitado as suas vontades
Porque só assim poderia dar certo, pois,
Ela dizia que não era minha
Que não era de ninguém. Tava decidido,
Que seria só isso.

Meu ciúme, reservado, escorria no meu rosto, no banheiro ou no silencio.
Eu dizia: to feliz assim.
Mentia pra ela e mentia pra mim.
Eu aceitei qualquer motivo,
Pois borrado tudo era bonito
Eu era enganada e por isso e ia alem.
Me enganar e a ela também.

Depois me veio arrependida,
Cheia de palavras sortidas,
Pra se redimir...
Pobre de mim.
Eu disse sim.


Passado semanas, nem sei mais quanto tempo
Me convidou, como sempre pra exibir minha altura
Eu vestida sabendo do erro
Fui decretando minha loucura
Eu vi que do seu lado
Meu coração partido do outro ficou
Estava decretado
Sua nova mentira de amor.


Fui pra sempre sem querer.
Nada do que passou foi certo de qualquer maneira,
Nem bom nem tanto assim.
Mas ta guardado aqui dentro de mim.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Veneno

Eu furei meu dedo costurando meu botao, realmente nao entendo porque quis costura - lo, nunca fui muito de querer concertar as coisas que estao se desfazendo. Pra que ?
Aquela blusa que tanto usava, rasgada agora, no armario. Comprei uma nova. Ja era tempo de trocar, nao e mesmo ?!
Eu vou deixando passar... com o tempo a poeira baixa e acumula por de baixo de minha cama, nao haviam motivos para mexer la. Nao tinha que exibir meu quarto pra ninguem, nao quero aparecer, nao quero galantear... ninguem, pra ninguem.
Saio de casa e so volto no dia seguinte, pra mudar os ares, a cabeca fica longe, onde alcancar a minha imaginacao, onde estiver com vontade de ir. Ontem a minha vontade era de matar, mais passou, ficou uma magoa, algo indefinido, enjusticada, calada. Como sempre fui.
Nao me orgulho, nao me engano...
Quero mostrar o dedo do meio pra mae do padre. Coitada, tao pura. Mas estou assim, sem perdao.
Que bom.
Ja era tempo.

terça-feira, 6 de julho de 2010

.

Quando eu digo que nenhuma canção cabe a mim...
Eu tenho sempre que afinar nas de melancolia, nas desafinadas, que arranhando um choro, ficam roucas, perfeitas.
Quando eu digo que nenhum vicio cabe a mim...
tenho tantos, egoísmo, egocentrismo, cigarros, nenhum copo na mesa, nem sei cozinhar. O Mau humor é o mais comum.



É muito difícil sustentar essa sindrome do pânico, sozinha.
Eu passo muito tempo pensando, agora que, né, tiraram uma parte, chata mais de suma importância, do meu chão.
Tenho que pular o buraco que esse acaso causou em minha casa, olho pros lados, tédio. Aquela sensação de que
é tão inutil que de nada presta, não resta nada a fazer. Nem ligo a TV. Não me deixarei levar, TV é a assinatura
do preguisoso. Deitado, gordo, comida congelada, sofá. ¬¬ irritação.
Tenho preguiça de pensar nas possibilidades MAIS UMA VEZ. Eu tava tão perto de ter minhas tão merecidas férias.
Cuzão, o irresponsavel que dizer, "oras, isso é como se fossem férias". Não é. NÃO É!!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ironia Gratuita

Minha memória particular relata sua existência atravez dos sons.
O salto alto, pisando doce no taco da casa vazia. Enquanto ela caminha, leva consigo um cigarro preso firme entre os dedos, ela é assim, a noite. A taça quase sempre marcada de batom vermelho, dela que engole o vinho tinto e continua caminhando subindo e descendo as escadas da casa, as luzes apagas, o que vem de fora ilumina o caminho.
Esse lugar cheira fumaça misturada com perfume, a música vem melancólica lá de baixo. Ela alisa os cabelos, prendendo - os, traga o cigarro, e nesse momento, exatamente, pensa nas possibilidades.
_ Poderia dar certo, não ? Balança a cabeça e solta a fumaça de maneira firme, desabafando o sentimento, olhando pra lugar nenhum.
Nenhuma pessoa é lugar de repouso. Ninguém diria o contrário. Pois é, eu digo que, não mesmo.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ao ouvido.

De todas elas, as palavras
Irar-se, revoltar-se, dedignar-se
Já perdi o acesso aos meus passos.
Tudo que faço: errado. Não faça
.Um espirito cansado é o meu. Em dúvida, Confuso ?
Madness dans ce cœur de pierre et il est maintenant presque n'existe plus...
De certa forma, já derretido, infiado nessa putaria onde se encontram todos os pensamentos.
Os momentos.
Meus talentos.
Isento.
Lazarento.
I'm NOT available.
Já nem sei mais o que vou considerar meu martírio.
Enfim...
que tudo vá pra puta que pariu.

quarta-feira, 17 de março de 2010

O cheiro do livro na biblioteca da cidade.
Lá, havia uma janela grande que enquadrava o resto do tempo lá fora e deixava o cheiro de, quinta feira a tarde, passear lentamente, enquanto encontrava - se com o cheiro de café preto com o perfume das folhas do livro novo.
Usava um tênis confortável, jeans rasgado, uma meia calça preta por baixo, camisete branca e um terninho preto, estava assim, sentada no sofá envolto as preteleiras de madeira fina.
Mesmo que estivessem, as pessoas da sala ao seu redor, mesmo que estivesse só, mesmo assim, não faria o tempo voltar a correr, pois, havia entrado em um transe, no mundo que era só dela, onde desejava estar de verdade. Aquele seu mundo paralelo era perfeito.
Não era mau quando, estagnada na mesma página durante muito tempo, já nem se emportava com a história, depois, retomaria sua leitura, sem esquecer onde havia parado, como se não estivesse perdendo tempo.
Nunca usou relógio, desejou durante muito tempo que sempre fosse final de tarde fresca e ensolarada, gostava da noite de estrelas e de ficar acordada de madrugada. _ Quanto tempo. Ela pensava, já cansada as vinte duas horas, não dormia mas que isso.
Vontade de ler um livro com tanta força que mesmo mil páginas não fariam parar de ler.
A cadeira na sacada do apartamente no ultimo andar, em uma noite estrelada e fria. Usando um palestino no pescoço, bebendo vinho tinto na taça, os pés pro alto e o olhar perdindo novamente no mundo ideal, a tv está ligada e todas as luzes apagadas, muito bem acompanhada de um beijo na boca.