quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ironia Gratuita

Minha memória particular relata sua existência atravez dos sons.
O salto alto, pisando doce no taco da casa vazia. Enquanto ela caminha, leva consigo um cigarro preso firme entre os dedos, ela é assim, a noite. A taça quase sempre marcada de batom vermelho, dela que engole o vinho tinto e continua caminhando subindo e descendo as escadas da casa, as luzes apagas, o que vem de fora ilumina o caminho.
Esse lugar cheira fumaça misturada com perfume, a música vem melancólica lá de baixo. Ela alisa os cabelos, prendendo - os, traga o cigarro, e nesse momento, exatamente, pensa nas possibilidades.
_ Poderia dar certo, não ? Balança a cabeça e solta a fumaça de maneira firme, desabafando o sentimento, olhando pra lugar nenhum.
Nenhuma pessoa é lugar de repouso. Ninguém diria o contrário. Pois é, eu digo que, não mesmo.

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