segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Veneno

Eu furei meu dedo costurando meu botao, realmente nao entendo porque quis costura - lo, nunca fui muito de querer concertar as coisas que estao se desfazendo. Pra que ?
Aquela blusa que tanto usava, rasgada agora, no armario. Comprei uma nova. Ja era tempo de trocar, nao e mesmo ?!
Eu vou deixando passar... com o tempo a poeira baixa e acumula por de baixo de minha cama, nao haviam motivos para mexer la. Nao tinha que exibir meu quarto pra ninguem, nao quero aparecer, nao quero galantear... ninguem, pra ninguem.
Saio de casa e so volto no dia seguinte, pra mudar os ares, a cabeca fica longe, onde alcancar a minha imaginacao, onde estiver com vontade de ir. Ontem a minha vontade era de matar, mais passou, ficou uma magoa, algo indefinido, enjusticada, calada. Como sempre fui.
Nao me orgulho, nao me engano...
Quero mostrar o dedo do meio pra mae do padre. Coitada, tao pura. Mas estou assim, sem perdao.
Que bom.
Ja era tempo.

terça-feira, 6 de julho de 2010

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Quando eu digo que nenhuma canção cabe a mim...
Eu tenho sempre que afinar nas de melancolia, nas desafinadas, que arranhando um choro, ficam roucas, perfeitas.
Quando eu digo que nenhum vicio cabe a mim...
tenho tantos, egoísmo, egocentrismo, cigarros, nenhum copo na mesa, nem sei cozinhar. O Mau humor é o mais comum.



É muito difícil sustentar essa sindrome do pânico, sozinha.
Eu passo muito tempo pensando, agora que, né, tiraram uma parte, chata mais de suma importância, do meu chão.
Tenho que pular o buraco que esse acaso causou em minha casa, olho pros lados, tédio. Aquela sensação de que
é tão inutil que de nada presta, não resta nada a fazer. Nem ligo a TV. Não me deixarei levar, TV é a assinatura
do preguisoso. Deitado, gordo, comida congelada, sofá. ¬¬ irritação.
Tenho preguiça de pensar nas possibilidades MAIS UMA VEZ. Eu tava tão perto de ter minhas tão merecidas férias.
Cuzão, o irresponsavel que dizer, "oras, isso é como se fossem férias". Não é. NÃO É!!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ironia Gratuita

Minha memória particular relata sua existência atravez dos sons.
O salto alto, pisando doce no taco da casa vazia. Enquanto ela caminha, leva consigo um cigarro preso firme entre os dedos, ela é assim, a noite. A taça quase sempre marcada de batom vermelho, dela que engole o vinho tinto e continua caminhando subindo e descendo as escadas da casa, as luzes apagas, o que vem de fora ilumina o caminho.
Esse lugar cheira fumaça misturada com perfume, a música vem melancólica lá de baixo. Ela alisa os cabelos, prendendo - os, traga o cigarro, e nesse momento, exatamente, pensa nas possibilidades.
_ Poderia dar certo, não ? Balança a cabeça e solta a fumaça de maneira firme, desabafando o sentimento, olhando pra lugar nenhum.
Nenhuma pessoa é lugar de repouso. Ninguém diria o contrário. Pois é, eu digo que, não mesmo.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ao ouvido.

De todas elas, as palavras
Irar-se, revoltar-se, dedignar-se
Já perdi o acesso aos meus passos.
Tudo que faço: errado. Não faça
.Um espirito cansado é o meu. Em dúvida, Confuso ?
Madness dans ce cœur de pierre et il est maintenant presque n'existe plus...
De certa forma, já derretido, infiado nessa putaria onde se encontram todos os pensamentos.
Os momentos.
Meus talentos.
Isento.
Lazarento.
I'm NOT available.
Já nem sei mais o que vou considerar meu martírio.
Enfim...
que tudo vá pra puta que pariu.

quarta-feira, 17 de março de 2010

O cheiro do livro na biblioteca da cidade.
Lá, havia uma janela grande que enquadrava o resto do tempo lá fora e deixava o cheiro de, quinta feira a tarde, passear lentamente, enquanto encontrava - se com o cheiro de café preto com o perfume das folhas do livro novo.
Usava um tênis confortável, jeans rasgado, uma meia calça preta por baixo, camisete branca e um terninho preto, estava assim, sentada no sofá envolto as preteleiras de madeira fina.
Mesmo que estivessem, as pessoas da sala ao seu redor, mesmo que estivesse só, mesmo assim, não faria o tempo voltar a correr, pois, havia entrado em um transe, no mundo que era só dela, onde desejava estar de verdade. Aquele seu mundo paralelo era perfeito.
Não era mau quando, estagnada na mesma página durante muito tempo, já nem se emportava com a história, depois, retomaria sua leitura, sem esquecer onde havia parado, como se não estivesse perdendo tempo.
Nunca usou relógio, desejou durante muito tempo que sempre fosse final de tarde fresca e ensolarada, gostava da noite de estrelas e de ficar acordada de madrugada. _ Quanto tempo. Ela pensava, já cansada as vinte duas horas, não dormia mas que isso.
Vontade de ler um livro com tanta força que mesmo mil páginas não fariam parar de ler.
A cadeira na sacada do apartamente no ultimo andar, em uma noite estrelada e fria. Usando um palestino no pescoço, bebendo vinho tinto na taça, os pés pro alto e o olhar perdindo novamente no mundo ideal, a tv está ligada e todas as luzes apagadas, muito bem acompanhada de um beijo na boca.