sábado, 24 de outubro de 2009

Casto meu.

"De que maneira chove a chuva tão certa de que é certo chover?"
...
"Ela chove certa que não vai deixar o Sol secar ou deixar morrer."


Últimamente ando traçando um caminho acompanhado de uma trilha sonora. Tenho passeado numa estrada meio abandonada, sozinha num carro anos 60, azul bebe.
São dias inteiros de bastante calor, o sol reflete o parabrisa enquanto eu, continuo sem destino.
E não adiantaria tantos quilometros sem os cigarros, sem Brenda Lee, sem Doris Day...
Tento incansáveis vezes livrar - me de todos os pensamento, deixar a mente clara e lúcida, para poder ouvir somente a música, mas meu corpo não leva em conta o vento no rosto secando lágrimas, forçando sorrisos.
Eu quero lembrar, eu crio situações ao meu favor, eu alimento falsas verdade, pequenos pecados, algumas esperanças.
Desvio a atenção, quero o barulho do motor, ele vibra, a sensação orgástica faz com que venham todos os pensamentos e quando abro os olhos ... ainda estou na estrada.
Já não sei mais quando vou parar.

Um comentário:

  1. Quero viver, mas não quero mentir.

    seu texto me causou calafrios dos pés à cabeça.
    eu li cada palavra como se fosse minha, ou como se tivessem sido feitas para mim.

    e eu diria que me apaixonei por cada verso seu, mas apaixonar-se é cheio de efemeridades.

    um grande beijo.

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